Património Mundial
Falcoaria, Património Humano Vivo
Descrição
Emirados Árabes Unidos, Áustria, Bélgica, República Checa, França, Hungria,República da Coreia, Mongólia, Marrocos, Qatar, Arábia Saudita, Espanha,República Árabe da Síria, Alemanha, Cazaquistão, Itália, Paquistão e Portugal
“Sendo originalmente um método de obtenção de alimentos, a prática da falcoaria tem evoluído ao longo do tempo no sentido de se associar à conservação da natureza, ao património cultural e às atividades sociais dentro e entre comunidades. Seguindo o seu próprio conjunto de tradições e princípios éticos, os falcoeiros treinam, fazem voar e criam aves de rapina (que abrangem, além dos falcões, aves como as águias e outros accipitrídeos), desenvolvendo um vínculo com as aves e tornando-se os seus principais protetores. Esta prática, presente em muitos países do mundo, pode variar no que se refere a determinados aspetos como, por exemplo, o tipo de equipamento utilizado, mas os métodos permanecem similares. Os falcoeiros veem-se como um grupo, podendo viajar semanas seguidas executando a sua prática e partilhando à noite as suas histórias. Consideram que a falcoaria estabelece uma relação com o passado, particularmente nas comunidades onde a prática constitui uma das poucas ligações com o ambiente natural e a cultura tradicional. Os conhecimentos e competências são transmitidos de forma intergeracional no seio da família mediante sistemas de tutoria formal, aprendizagem, ou cursos de formação ministrados em clubes e escolas. Em alguns países, os futuros falcoeiros devem obter aprovação num exame nacional. Os Encontros e Festivais constituem oportunidades para as comunidades partilharem os seus conhecimentos, promoverem a sensibilização e promoverem a diversidade” (Comissão Nacional da Unesco)