Direção-Geral do Património Cultural

Em 2007, o Ministério da Saúde determinou que fosse constituído um Museu da Saúde, em Lisboa, com a missão de identificar, recolher, preservar, restaurar, catalogar, expor e divulgar o património museológico, bibliográfico e arquivístico das ciências da saúde. O Museu foi, então, criado como unidade dependente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA, IP) que, em 2012, consagrou nos seus estatutos, no âmbito das suas competências na área da formação e difusão da cultura científica, a responsabilidade de gerir e promover o Museu.

O Museu preserva atualmente perto de 10 000 objetos, organizados em 6 coleções, provenientes de diversas instituições e organismos públicos de saúde, bem como de coleções privadas, doadas ao Museu, ao longo da última década. Os objetos mais antigos são do século XVIII e os mais recentes são elementos do património contemporâneo da saúde.

O acervo mais antigo é constituído por objetos provenientes do Serviço Municipal de Saúde e Higiene da Câmara de Lisboa (séc. XIX); do Instituto Central de Higiene (1899); da Assistência Nacional aos Tuberculosos (1899) e do Instituto de Malariologia de Águas de Moura (1938).

Mais recentemente, é de sublinhar os mais de 1000 instrumentos, máquinas, objetos, livros e memorabilia vária, provenientes do antigo Museu Português de Anestesiologia, criado pelo Doutor Avelino Fortes Espinheira, doada em 2016, pelos herdeiros deste médico-anestesista.

A mostra 800 Anos de Saúde em Portugal, inaugurada num das alas do antigo Serviço de Neurocirurgia do Hospital dos Capuchos, em abril de 2017, e desde então visitável todas as 4ª feiras (10h00-18h00), em regime de visita livre, e nos restantes dias úteis por marcação, visa assinalar a designação do espaço-sede do Museu da Saúde. Prefigura o que virá a ser o seu programa expositivo e educativo no futuro, procurando chamar a atenção para o projeto que ali irá nascer, bem como para a importância histórica e patrimonial do património cultural da saúde.