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Património Cultural

Grupos de Amigos dos Museus e Monumentos da DGPC

Os Grupos de Amigos de Museus e Monumentos são associações sem fins lucrativos, constituídos por pessoas individuais ou colectivas que decidem desenvolver iniciativas e actividades em prol do estudo, inventário, preservação e valorização dos bens imóveis e móveis geridos pelas entidades museológicas e patrimoniais.

De um modo geral, os Grupos de Amigos, através do trabalho voluntário e do mecenato, têm como objectivos da sua actividade o enriquecimento das colecções, a promoção de investigação, a realização de exposições, a edição de publicações, o desenvolvimento de acções de formação, a defesa do património próprio e o existente nas áreas envolventes de museus e monumentos e a cooperação com outras entidades empenhadas na defesa e valorização do Património Cultural.·

Assim, numa acção desinteressada mas muito significativa da capacidade de iniciativa da sociedade, os Grupos de Amigos dão um importante contributo para a dinamização de museus, monumentos e palácios. Neste quadro, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) considera da máxima importância a criação e dinamização de grupos de Amigos dos Museus, Palácios e Monumentos que, em articulação com as respectivas direcções, possam dar um contributo para o desenvolvimento e a sedimentação do tecido museológico nacional, nele incluindo todos os museus da Rede Portuguesa de Museus, assim como para preservação e valorização dos monumentos.

Da reflexão nacional e internacional sobre os grupos de amigos dos museus emergem alguns tópicos fundamentais para reflexão e dinamização destas associações culturais que são igualmente válidas para outros espaços patrimoniais:

  • Os museus constituem instituições sociais com especiais responsabilidades na promoção do conhecimento, do espírito cívico e do sentimento de pertença comunitária; os grupos de amigos podem constituir elementos decisivos de abertura do museu à sociedade em geral e às comunidades envolventes;
  • Num sentido mais geral, todos os utilizadores de um museu são seus amigos; os doadores e os voluntários são, em si mesmo e pelos actos ou actividades que praticam, amigos especiais dos museus; mas o papel daqueles amigos que se auto-organizam e declaradamente assim se proclamam vai para além de todos os anteriores: a eles cabe também um importante e activo papel social, reclamando, com a total liberdade e independência que o seu estatuto lhes confere, a obtenção das melhores condições para que o “seu” museu cumpra plenamente as funções sociais que a respectiva direcção e eles próprios perseguem;
  • Os membros dos grupos dos amigos dos museus deverão ser os mais exigentes utilizadores dos espaços museológicos e dos seus serviços; sendo talvez os melhores conhecedores e apreciadores dos seus êxitos e dos seus fracassos, exige-se que sejam os primeiros a assinalar ambos, com lealdade, vivendo-os como se fossem seus;
  • Na sua relação com os museus, é fundamental que os grupos de amigos adoptem os princípios éticos e os objectivos fundamentais acolhidos internacionalmente neste domínio. Neste âmbito, é fundamental que as actividades por si desenvolvidas se articulem e contribuam para reforçar o programa estratégico de actuação dos respectivos museus, definidos pelas suas direcções e/ou tutelas;
  • Para criar e sedimentar uma relação sadia entre museus e grupos de amigos, afigura-se que a sua existência assente em três pilares fundamentais: 

              • fronteira clara e bem definida entre “museu” e “grupo de amigos”, seja no plano das pessoas, seja no plano dos                  meios logísticos e financeiros; 

              • hierarquia de interesses e objectivos, tendo sempre presente a prioridade absoluta a conferir ao superior interesse                do museu, definido no seu plano estratégico de actuação; 

              • sinergia de intervenção quer na realização de programas conjuntos com as actividades normais do museu, quer na                promoção de actividades próprias;

  • Na medida do possível, os museus devem conferir visibilidade destacada aos seus grupos de amigos, através de recursos como vitrinas próprias, espaços de lojas, páginas na Internet, entre outros. Através destes meios deve divulgar-se junto dos visitantes dos museus, dos cibernautas e do público em geral, o conceito de que ser amigo de um museu, organizado no seu respectivo grupo de amigos, constitui um acto cívico prestigiante e uma oportunidade de enriquecimento cultural.