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Património Cultural

Exposições Até 31 de dezembro

Exposição "Pratas da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo”

Está patente até 31 de dezembro, no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, a exposição temporária “Pratas da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo” que traz à fruição pública um conjunto de peças do seu acervo, com o propósito de divulgar o seu património artístico, promovendo assim o que será o seu futuro museu.

Coube às pratas, na nobreza do seu metal, o papel de iniciar esta etapa de um novo e importante ciclo para a Instituição.

23 de novembro, às 18h00
Conferência seguida de visita orientada à exposição, pelo Professor Aníbal Barreira (aposentado da Faculdade de Letras da UP):
"Ordem Terceira do Carmo - A dinâmica da Instituição"

A história destas funde-se na história da criação e construção da Ordem Terceira do Carmo. As primeiras encomendas relatadas no inventário de 1764, após o términus das obras da Igreja revelam, de imediato, o interesse da Irmandade em dota-la de objetos litúrgicos ligados ao culto religioso juntando para o efeito as verbas necessárias para a sua concretização. É às oficinas de ourives da prata da cidade do Porto que a Ordem entrega preferencialmente a execução das suas alfaias, sucedendo até que alguns dos prateiros selecionados fazem parte integrante da sua Irmandade.

Na sequência de novas aquisições e algumas doações dos irmãos o inventário de 1790 dá já conta da existência de um número significativo de peças em prata, evidenciando a estabilidade atingida depois da edificação da Igreja - marco simbólico importante do reconhecimento da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo e da sua implantação na cidade do Porto.

As preferências de gosto e os estilos da época revelam-se na distribuição cronológica dos exemplares conservados até ao presente no acervo, documentando a produção nacional, com marcado vínculo aos ourives portuenses, de finais do século XVIII às primeiras décadas do século XX.

É essa representatividade das oficinas dos ourives do Porto, na multiplicidade das linguagens estéticas dos distintos períodos representados – que ora seguem os tradicionais cânones do barroco e do rococó de acordo com o gosto nacional enraizado da sua clientela; ora incorrem pelas correntes revivalistas do neoclássico e do neogótico de um gosto importado, que ganha expressão através da colónia inglesa radicada no Porto - que se pretende patentear na seleção feita para a exposição no museu.

Embora algumas das obras sejam já do conhecimento de colecionadores e investigadores da história da ourivesaria portuguesa, pela relevância da sua execução técnica e elegância formal e decorativa, outras de igual merecimento são agora divulgadas, pela primeira vez neste evento.

A exposição estará patente até 31 de dezembro.

 

 

Organização:
MNSR/DGPC
Local:
Museu Nacional Soares dos Reis, Porto

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