Direção-Geral do Património Cultural

Designação

Mosteiro de Alcobaça, compreendendo os túmulos de D. Pedro I e de D. Inês

Outras Designações

Abadia de Santa Maria de Alcobaça

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Descrição

Cronologias: séculos XII a XXI

Aspetos relevantes: intervenções de Domingo Domingues e João de Castilho; testemunhos do Gótico ao Barroco; jardins marcados por soluções axiais monumentais pouco correntes em território nacional; atravessamento de claustro e edifício por canal de dimensões consideráveis, seccionado por comportas.      

A fundação remonta a 1153 assumindo-se a construção por 1178. O mosteiro, localizado na confluência dos rios Alcoa e Baça, compreende o vasto conjunto edificado e a cerca de terras férteis, suportados por um complexo sistema hidráulico. Integra cinco claustros de cronologias díspares, tendo o último sido concluído por meados do século XVIII. Refira-se: o claustro de D. Dinis ou do Silêncio, laranjeiras; o claustro do Cardeal ou dos Noviços, distribuído por duas plataformas e atravessado pela levada, derivação do rio Alcoa; e o do Rachadouro, mais sóbrio e apenas contornado por amoreiras. Na cerca em tempos agricultada reconhecem-se vestígios dos jardins das Murtas e do Obelisco. Este último destaca-se no contexto nacional pelas dimensões, pela originalidade conceptual e pelo requinte dos elementos decorativos. Subsistem descrições de vários visitantes que elogiaram a estatuária, o tanque e respetivo obelisco, de cantaria calcária, para além dos «chorões, accacias, cedros e aylanthos, elevados sobre uma longa toalha de verdura e flores». Vicissitudes várias comprometeram a integridade desta unidade e a subsistência da cerca e dos respetivos jardins: incêndio do edifício pelas tropas napoleónicas (1811); abandono da casa pelos monges (1833); extinção das ordens (1834); secularização dos bens da igreja; divisão da propriedade e afetação a entidades e particulares distintos.         

Protecção legal

MN - Monumento Nacional, inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO; Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910; Decreto de 10-01-1907, DG, n.º 14, de 17-01-1907 (classificou com a designação de Mosteiro de Alcobaça)

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