Saltar para o conteúdo principal da página
Património Cultural
Itinerários Arqueológicos do Alentejo e Algarve

Ruínas de Milreu

Designação

Ruínas de Milreu

Localização - Concelho / Distrito

Faro / Faro

Classificação

Monumento Nacional

Cronologia

Romano (séculos I - III) / Medieval (séculos VI - X) / Século XVI

Caracterização

Situadas junto a Estoi, 9 Km a Norte de Faro, perto da estrada que segue para S. Brás de Alportel, as ruínas apresentam a descoberto um complexo edificado do século III, constituído por uma casa senhorial de grandes dimensões, as instalações agrícolas, um balneário e um templo. Estão ainda por explorar as construções iniciais, do século I.

  • Vista aérea

  • Panorâmica das ruinas e painel indicativo do circuito expositivo

Do lado oriental, pouco afastados da área residencial, reconhecem-se dois mausoléus.

No século II foi erguida no local uma residência, de peristilo e átrio, utilizada, sem grandes reformas, até finais do século III, sendo então modificada, sobretudo na pars rustica.

Quanto à área residencial, hoje visitável, aproveitou parte das construções da anterior villa e organiza-se em torno de um peristilo central - com 22 colunas - que rodeia um pátio aberto, com jardim e respectivo tanque de água. A villa foi embelezada com mosaicos, nomeadamente, a nascente do peristilo, com a representação de fauna marinha. Esta temática repete-se nas paredes da banheira do pequeno frigidarium das termas do lado poente, onde os peixes representados são exageradamente gordos. Esta particularidade é intencional, pois vistos através da água, por ilusão óptica, não só aparentavam mover-se, como as suas dimensões ficavam reduzidas à normalidade.

  • Lado nascente do peristilo com colunas

  • Banheira do frigidarium das termas do lado poente

O templo, dedicado às divindades aquáticas, foi construído no século IV. Com este edifício o proprietário de Milreu passou a possuir um centro de culto privado.

Achados de épocas posteriores sublinham uma longa tradição de Milreu como local de culto. Mostrando que a partir do século VI, o edifício pagão foi transformado em igreja cristã. Este recinto foi também utilizado como cemitério em período islâmico. Só quando, na primeira metade do século X, as abóbadas ruíram, o sítio de Milreu foi provavelmente abandonado. Mas, nos inícios do século XVI, o local ganhou nova vida, quando sobre as ruínas de há muito abandonadas foi erguida uma casa - único e precioso exemplar algarvio desse tipo de arquitectura civil com contrafortes cilíndricos.


Acolhimento de Visitantes

  • Centro de Acolhimento e Interpretação, exposição permanente sobre o sítio organizada tematicamente;

  • Loja, publicações de apoio aos visitantes, materiais de divulgação;

  • Percurso de visita sinalizado;

  • Parque de estacionamento para ligeiros e autocarros;

  • Visitantes com mobilidade reduzida: certos troços do percurso de visita podem apresentar algumas dificuldades.


Acessos

Junto à vila de Estoi, na saída da EN 125 para S. Brás de Alportel.


Mais Informações

Direcção Regional de Cultura do Alentejo

Tel +351 266 769 450

Fax +351 266 769 451

E-mail: info@cultura-alentejo.pt

Sítio: http://www.cultura-alentejo.pt