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Património Cultural

Exhibitions 06/19/2015 - 06/19/2015

Exposição e conferência sobre a Arte Copta

Inaugura no dia  19 de junho, às 18h00, no Museu Nacional de Arqueologia, seguida, às 18h30 horas, da conferência Reflexos da Arte Egípcia na Iconografia Copta, proferida pelo Prof. Doutor Luís Manuel de Araújo a exposição temporária Arte Copta e do Oriente Cristão, no âmbito das Jornadas de Estudos Coptas e do Oriente Cristão, que constitui a XVII sessão da série Journée d’Études Coptes, um evento científico previsto para os dias 18, 19 e 20 de junho, que tem vindo a ser preparado pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa.

A exposição mostra alguns exemplos diversificados dessa arte, oriunda do cristianismo copta, etíope, arménio e moçárabe.

Entendeu a Faculdade de Teologia da Universidade Católica, com o digno patrocínio científico da Association Francophone de Coptologie, promover em Lisboa, entre 18 e 20 de junho, umas Jornadas de Estudos Coptas e do Oriente Cristão, que constitui a XVII sessão da série Journée d’Études Coptes, associando o nosso país definitivamente a esta realização e colmatando assim uma lacuna que se registava em Portugal nesta área de estudos.

A comissão científica e executiva que organiza estas Jornadas, dirigida com competência e rigor científico pelos Professores Doutores João Lourenço e Adel Sidarus, da Universidade Católica Portuguesa, considerou oportuno envolver o Museu Nacional de Arqueologia nesta iniciativa, propondo a organização de uma exposição que reunisse peças de instituições museológicas de referência e que se apresentassem assim durante algum tempo ao muito público que visita este museu.

O Museu Nacional de Arqueologia foi convidado a acolher a exposição Arte Copta e do Oriente Cristão, cuja inauguração, coincidirá com a realização neste Museu de uma sessão inscrita no programa, da responsabilidade do Professor Doutor Luís Manuel Araújo, Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e investigador do respetivo Instituto Oriental, Secretário-Geral da Associação Cultural de Amizade Portugal-Egipto, e, especialmente neste contexto, Presidente da Direção do Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia (GAMNA).

Enquanto instituição de referência da Arqueologia portuguesa, cumulativamente com o facto de se tratar do museu nacional onde se conserva e expõe a mais numerosa coleção de antiguidades egípcias em Portugal, o Museu Nacional de Arqueologia, que regularmente acolhe múltiplas iniciativas de cariz científico no seu domínio específico, é pois a entidade certa para esta parceria.

Comissariada pelo Professor Doutor Luís Manuel Araújo, a exposição apresenta acervo do próprio Museu, mas também do Museu Nacional de Arte Antiga, do Museu Calouste Gulbenkian, do Centro Cultural Copta Ortodoxo do Porto, à guarda da Universidade Católica Portuguesa, e do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Uma equipa do Museu Nacional de Arqueologia e da Direção-Geral do Património Cultural foi reunida para concretizar este projeto, pelo que importa sublinhar o seu envolvimento.

Apresentamos na exposição um conjunto de 40 peças, testemunhos da cultura copta e do Oriente cristão, originariamente provenientes de um território que se estende da Arménia à Índia, bem como de outros territórios orientais que Portugal cristianizou. Testemunhos materiais de cristãos sob o domínio islâmico no actual território português são também incluídos.

Não sendo a primeira vez que em Portugal, do ponto de vista museológico, se aborda o tema –recorde-se que em 2002 o Museu Nacional de Arte Antiga, com o mesmo Comissário científico, realizou uma exposição afim intitulada Fragmentos de Tecidos Coptas –, a atual exposição tem a particularidade de ocorrer no momento em que áreas geográficas onde se manifestou e implantou a cultura copta estão actualmente sob muita tensão e incerteza, correndo-se o risco de as inaceitáveis destruições do património cultural – que neste início do século e de milénio estão curso em países do norte de África e do Próximo Oriente e que importa denunciar e combater por todos os meios – ameaçarem e afetarem irremediavelmente também estes vestígios civilizacionais.

Com o acolhimento desta exposição, o Museu Nacional de Arqueologia associa-se a esta jornada científica, apresentando em formato expositivo um tema pouco habitual na programação cultural museológica nacional, não apenas porque estas coleções não abundam nos acervos dos Museus, mas também porque constitui uma realidade geográfica distante de nós.

ARTE COPTA E DO ORIENTE CRISTÃO

Entre os séculos I e IV o cristianismo cresceu, apesar das perseguições, tendo-se implantado no Império Romano, em especial nas regiões orientais da Síria-Palestina e Egito, alcançando a Arménia e, mais tarde, a Etiópia.
Com o aumento do número de fiéis e uma melhor organização do clero, a religião cristã passou a ter uma arte própria que se patenteou na arquitetura, escultura, pintura e artes decorativas ligadas ao culto.

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